sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A sua Responsabilidade nos Relacionamentos

SEJA O QUE FOR QUE ESTEJA ACONTECENDO NOS SEUS RELACIONAMENTOS, você tem 100% de responsabilidade nisso.

Cada pessoa é totalmente responsável pela paz ou a ausência dela num relacionamento.

Vamos assumir que o leitor tem um relacionamento comigo. A forma como eu o trato irá determinar a forma como você me irá tratar. Se eu for amável e estiver pronto a ajudá-lo, você reagirá da mesma maneira. Se eu for critico e controlador você irá reagir de forma diferente comigo.

Então não há dúvida de que Isso me torna totalmente responsável pela presença ou ausência da paz ou harmonia no nosso relacionamento e o leitor zero porcento responsável. Você não terá nenhuma responsabilidade porque estará a reagir ao meu comportamento.

O oposto também é verdadeiro. A forma como você me irá tratar irá determinar como eu irei reagir. Se você for amável e com vontade de ajudar, eu reagirei da mesma forma. Se você for critico ou controlador, eu responderei da mesma forma. Isso também me torna totalmente responsável pelo nosso relacionamento.

Somos ambos totalmente responsáveis pela paz do nosso relacionamento. A compreensão da maioria das pessoas é a de que existe apenas uma responsabilidade. A de uma das pessoas ou da outra.

É verdade que fomos ensinados a pensar dessa maneira, mas será que resulta?

Vamos imaginar que você e eu temos um problema no nosso relacionamento. Uma vez que existe apenas uma responsabilidade é fácil de encontrar a causa desse problema. É você.

No momento em que eu o culpo pelo nosso relacionamento, eu acabo por cair na minha própria armadilha, porque quando aponto para os seus cem porcento de responsabilidade, fico satisfeito porque já encontrei o culpado e não consigo ver o meu papel no relacionamento, logo não percebo o que tenho de fazer.

Culpá-lo faz-me permanecer bloqueado na situação. Também lhe dá todo o poder.

Ao dizer que você é totalmente responsável pelo estado do nosso relacionamento estou a dizer que eu sou zero porcento responsável, e se eu sou zero porcento responsável, o que é que eu posso fazer para corrijir a situação?.

Se você é que é o culpado e eu nada posso fazer, torno-me assim numa vítima e fecho-me à possibilidade de tomar uma acção que corrija o nosso relacionamento.

Para um relacionamento possa sanar-se temos de parar de culpar o outro. Se o outro fosse realmente o único responsável pelo relacionamento como poderíamos mudá-lo? Não haveria esperança.

Se você se encontra num ciclo de conflito, repare que, de alguma maneira, você não tem aceitado a maneira de ser da outra pessoa. Note como tem sido crítico e como talvez a tenha tentado controlar, agarrar-se demasiado a ela ou desgostar algo concreto nessa pessoa.

É natural então que a outra pessoa se tenha sentido magoada, diminuída, não apreciada e por isso se tenha fechado dentro das suas defesas e reagido da mesma forma consigo.

Depois você, por sua vez, ficou magoado, sentiu-se rejeitado e tornou-se ainda mais critico com a outra pessoa. E depois a outra pessoa tornou-se ainda mais critica para consigo. Sem que tivessem consciência disso, entraram ambos num ciclo de conflito que só parará quando uma das pessoa tomar consciência desta dinâmica e tomar uma acção correctora.

Assim que você descobrir qual o seu papel nesse conflito, você pode pôr-lhe fim. Enquanto você continuar a culpar o outro, o relacionamento não fluirá.

É evidente que não é fácil aceitarmos a nossa total responsabilidade nos nossos relacionamentos, mas fazê-lo trará a paz e a harmonia a dois seres que se amam e respeitam.

Frequentemente encontramo-nos num relacionamento com alguém que abusa de nós ou com outros problemas sérios. Ainda assim temos algo a ver com a situação. Fomos nós que escolhemos a pessoa com quem nos relacionámos e que decidimos manter-nos num relacionamento com um ambiente destrutivo ou abusivo.

Não deixarei de mencionar os relacionamentos entre pais e filhos que viveram abusos ou falta de afecto. As acusações poderão ouvir-se de parte a parte, mas no final os pais que abusaram dos seus filhos ou não lhes deram o afecto que estes desejavam, foram por sua vez abusados ou privados desse mesmo afecto e por isso, nunca aprenderam a dar, pois não sabiam o que isso era.

A nossa compaixão surge quando os imaginamos com dois ou três anos de idade, sentindo-se magoados ou sem o calor dum afago daqueles que de quem dependiam e que amavam profundamente. Se foi isso que aprenderam e é só isso que sabem dar.

Quando não queremos ver a nossa responsabilidade num relacionamento problemático, tornamo-nos numa vítima e anulamos o nosso poder, forçando-nos assim a repetir o passado.

Não importa qual seja o problema do seu relacionamento, se ele está na sua vida você tem algo a ver com isso. Quando descobrir qual a sua responsabilidade nele estará no caminho da pacificação e da paz.

Fonte: (/transformacaopessoal)