sábado, 23 de junho de 2012

Quem se importa em saber sobre isso?

“Eu nem sei como essa guerra começou, são dois lados que irritaram um ao outro a muito tempo, quem se importa em saber a história por trás disso? Eu sou filha do meu pai, e quando chamarem pra testemunhar, eu vou proteger os meus, haja o que houver...”. (do filme, Escritores da Liberdade).
Será possível pagar o preço de uma coisa que não se comprou? E se pensarmos nas gerações anteriores a atual?...
E se pensarmos no contexto, no nosso contexto, familiar. Quem se importa em saber sobre isso?
Às vezes, carregamos marcas que, talvez, não sejam nossas. Foram capturadas, ao nos serem atribuídas, num ato de desespero em prol de um amor que poderia estar em perigo.
Essas marcas no corpo agem como tatuagens... Uma “marca familiar”. Ou um brasão, talvez. E uma boa marca que se preze, não pode ser apagada.
É preciso fazer um novo enlace. Usar as ferramentas que se tem para se tentar produzir o novo, produzir um novo significado sobre as coisas que nos são impostas.
Essas marcas não podem ser evitas, elas estão na palavra, na linguagem, elas existem antes de um bebê nascer em uma família. Foram transmitidas de avô para pai e de pai para filho.
Volto a insistir: É preciso jogar (e jogar bem) com as cartas que se tem.

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