quinta-feira, 29 de março de 2012

Bom conselho;

O que não entra na cabeça de mulher. É que se o cara quer, ele liga. Se ele está afim de você, ele vai te procurar e não vai ser porque o celular por um descuido caiu na vala que ele vai desistir de você. Se ele não ligou. É simples. Não foi. Não era pra ser. O problema não é a sua celulite ou sua raiz do cabelo que está por fazer. O problema talvez não seja nem nele. Ou talvez até seja. Mas quer ...saber? Pouco importa. Homens problemáticos por aí tem aos montes, mas poucos que vão merecer você. Mulher é bicho desesperado, o cara esbarra na sua caipirinha e pronto, já pensa em casar, ter filhos e comprar uma casa na praia. Coitada. Não programe. Não se precipite. Não exagere. Não corra na direção contrária. Seja paciente e viva tudo no seu tempo certo. Sem forçar a barra, sem forçar nada. Sem dizer nada. Seja você, rouca, louca, boba, tola. As coisas são como são no tempo exato. Se ele gostar de você, vai ligar, vai procurar e vai exagerar assim como você. Vai esperar pelo próximo encontro, vai separar a roupa, ensaiar a voz rouca e vai gostar de você louca, boba, tola...
▬ Flores, Amores e blá blá blá

SOBRE O AMOR

*** Aristófanes conta um mito relativo à origem do homem. Na origem, os homens eram dotados de órgãos duplos, sendo extremamente ágeis e ousados, resolveram atacar o próprio Olimpo. Os deuses vingaram-se e os homens foram separados em duas metades. O amor nasceu daí: é a eterna procura da completude, o eterno desejo que os homens sentem de procurar a outra metade que um dia perderam. Eros é um anseio, uma busca do homem por uma totalidade do ser, inacessível à natureza do indivíduo.
Para Sócrates, o amor é o desejo de alguma coisa, mas só de coisas que faltam; pois não se deseja o que se tem.

quarta-feira, 28 de março de 2012

[me soa: vou usar enquanto me serve]

"...estudante de psicologia sempre tem bons assuntos."

ABSORVER. Taí uma palavra interessante e com varios sentidos e utilizações. Taí uma coisa a se pensar. Absorver tudo (e todos). Afinal, relacionamentos também podem ser para absorver, para exibir (e se exibir), para sofrer (e se fazer sofrer). Para se sentir completo? Porque não? Também, claro. E por amor? E existe quem relaciona se relacionando, utilizando as pessoas como meio. Meio de obter algo que julga não possuir. Ou por capricho, por algo que se gostaria de ter. Meio de não ficar só, meio de conseguir mais carinho, inteligência, carros; status.
Talvez, só talvez, eu ficaria preocupado com essa MANIA de absorver coisas.

eumercadoria

Num mundo onde se é mercadoria, não é o que se é que conta, mas o que se apresenta.

Embalagens destituidas das palavras, que cada vez mais consomem [e se consomem] no ato.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Marcas familiares?

“Eu nem sei como essa guerra começou, são dois lados que irritaram um ao outro a muito tempo, quem se importa em saber a história por trás disso? Eu sou filha do meu pai, e quando chamarem pra testemunhar, eu vou proteger os meus, haja o que houver...”. (do filme, Escritores da Liberdade).

Será possível pagar o preço de uma coisa que não se comprou? E se pensarmos nas gerações anteriores a atual? E se pensarmos no contexto, no nosso contexto, familiar. Quem se importa em saber sobre isso? Às vezes carregamos “marcas” que, talvez, não sejam nossas. Foram capturadas, ao nos serem atribuídas, num ato de desespero em prol de um amor que poderia estar em perigo. Essas marcas no corpo agem como significantes – tatuagens para ser mais simplista. Uma “marca familiar”. Ou um brasão, talvez. Uma boa marca que se preze, não pode ser apagada. É preciso fazer um novo enlace. Usar as ferramentas que se tem para conseguir fazer o novo, produzir um novo significado. Essas marcas podem ser editadas? Elas estão na palavra, na linguagem, elas existem antes de um bebê nascer em uma família. E os pais... Ah, esses pais fanfarrões! Eles criam um filho simbólico, projetado, antes mesmo de esse bebê ser gerado. E fazem essa transmissão de forma inconsciente. Afinal, é num só depois que se sabe o que foi transmitido. Será que ouve a internalização de alguma Lei? Ou será que esse filho sairá por ai achando que pode fazer e ser TUDO que quiser, sem limites?

 

#

“Ninguém da ouvidos a um adolescente, todo mundo pensa que você deve ser feliz só porque é jovem. Eles não vêem as guerras que travamos todo santo dia”.



(Escritores da Liberdade)


MUDO AS AVESSAS.

I
“Olhe para mim, olhe! Olhe o que você foi, o que é e o que pode chegar a ser (se quiser). Anda, enfrente-me covarde!”

A imagem da tela de repente perdeu a cor, mudou de forma, causou estranhamento. É preciso utilizar outra tinta, nem que para isso seja necessário sangrar. Fazer a travessia. No caminho os piores monstros, sombras e pesadelos de um homem comum tornam e retornam. Saem de mente e posicionam-se em sua frente. Eles gritam: “Olhe para mim, olhe! Olhe o que você foi, o que é e o que pode chegar a ser (se quiser). Anda, enfrente-me covarde!” O som soa e ecoa, faz questão, faz furo, trás angústia, faz acordar e querer dormir. É um mundo as avessas.

II

MUNDO ÀS AVESSAS. Deveria ser comum sentir-se em um mundo as avessas, mas não é. Há momentos que por mais que se queira manter coisas no obscuro da mente, elas retornam – parecem que elas fazem questão disso. Músicas, fotos, memórias, lugares; momentos. O hoje parece um momento de ausência de um igual, de alguém que venha completar. A angústia e um vazio inexpressável em palavras dominam. Às vezes, parece haver uma forte ligação. Em outros momentos, parece que você assumiu um papel de algo que você nunca foi, nunca sentiu.  É estranho pensar naquelas promessas. Acreditar em “felizes para sempre”. Ser possível achar a outra metade como diz os contos infantis. As coisas parecem escuras, embaralhadas, perdidas. A imagem da tela de repente perdeu a cor, deve estar abandonada. É preciso utilizar outra tinta, nem que isso faça sangrar. Fazer a travessia não é fácil. No caminho os piores monstros, sombras e pesadelos de um homem comum tornam e retornam.  Será possível ultrapassar o abandono? E tem aqueles dias que você sente-se um peixe fora d’agua. E se eu choro hoje isso tem um motivo muito forte, mas forte que todos, mas forte que eu mesmo.
III
MUNDO ÀS AVESSAS. Deveria ser comum sentir-se em um mundo as avessas, mas não é. Há momentos que por mais que se queira manter coisas no obscuro da mente, elas retornam – parecem que elas fazem questão disso. É estranho pensar naquelas promessas. Acreditar em “felizes para sempre”. Ser possível achar a outra metade como diz os contos infantis.

um beijo Katy =*

Em uma outra vida, eu seria seu garoto*. Nós manteríamos todas as nossas promessas. Seriamos nós contra o mundo. Em uma outra vida, eu faria você ficar. Eu deveria ter te dito o que você significava para mim. Mas nunca planejei que um dia, eu perderia você.
[Às vezes eu sinto sua falta, então coloco aquelas músicas]
{The One That Got Away ♫}



domingo, 18 de março de 2012

medo de te perder

Você não imagina o medo que eu tinha de te perder, de não ser forte quando não estivesse mais aqui, de que eu desabasse quando você fosse embora. E aí você se foi e isso tudo aconteceu. Mas depois eu percebi que ja tinha acontecido, a muito tempo, eu é que me deixei levar, me acomodei, mesmo sabendo que você não estava mais ao meu lado. Eu estava a frente de você, em pensamentos, sonhos, desejos; metas. E ainda estou.

o brincar com as palavras: por mim mesmo.

"Quando você começa a brincar com as palavras, começa a brincar com a vida. E não, Isso não quer dizer que os sofrimentos ficarão ausentes. Mas você começa a desenvolver a habilidade de sofrer somente o "necessário" e não se agarrar com unhas e dentes a qualquer sofrimento "bobinho" por aê!".

Consegue entender isso?

[olhei e pensei]

"Ei, eu vi um esquilo! e outros animais também. Mas, não foi um esquilo qualquer... esse despertou emoções; sensações. A morte e a vida. Ele não estava sozinho e nem brincando pelo bosque encantado! Mostrou-me que é possível fazer arte (e Arte) em qualquer lugar; sem fronteiras, sem limites (embora a tela traga em si própria uma limitação que se impõe). E sabe de uma coisa? eu gostei disso! Você consegue entender isso? Ou é abstrato (e absurdo) demais para você e seus excessos de certezas?".

- André Nascimento.

. às 23h, ok ?

AH, ESSES PAIS FANFARRÕES...

[E a carinha mais fofa do mundo desse bebê?] (:



Eu com um vestido (eu vestido)

E ao dizer escutando "estava muito molhado, é como se tivesse colocado a roupa em um balde com água e vestido" sofreu os efeitos de um arrebatamento. E vestido? O "vestido" soou e ecoou, trouxe incômodo; estranheza. Afinal, o que (e que posição subjetiva) um “eu vestido” pode (des)velar?


"A GENTE ESCOLHE A LINHA MAS O RISCO DO BORDADO VEM PRONTO LÁ DE CIMA"

VOCÊ ACHA LINDO OU TEM MEDO?

sábado, 17 de março de 2012

O Escrever

“Não, não temo a morte, embora não a deseje. Sei que um dia não estarei mais em nenhuma parte, senão no que escrevi. A obra é o outro corpo que criamos para permanecermos presentes quando este, de carne e ossos, desaparecer”.


▬ Ferreira Gullar.

segunda-feira, 12 de março de 2012

o que a palavra pode (des)velar ?

Estou exausto!

"Há momentos que não é fácil explicar o que se sente. O sentimento de angústia invade. Busca-se então um significado para tais implicações. Um suspiro acompanha suas palavras. Ouve-se o apelo por um limite que ainda apresenta-se como desconhecido. 'Estou exausto' ▬ disse ele."

sexta-feira, 2 de março de 2012

O Capitalismo


“NÃO BASTA ENTERRAR O CAPITALISMO, É PRECISO SEPULTÁ-LO VIRADO COM A BARRIGA PRA BAIXO. PARA QUE, CASO QUEIRA SAIR, SE ENTERRE MAIS AINDA” de Don Durito de la Lacandona.
É fato que o sistema capitalista cresce dia após dia e provoca muitas mudanças (direta e indiretamente) em todos que convivem com tal realidade. Uns sentem-se vítimas, enquanto outros, sentem-se desiludidos e há também quem sinta e relate que seria necessário um “resgate” aos valores antigos. Certo. Questionamentos são sempre favoráveis. E dentre muitos que podemos pensar, destaco que é importante lembrar que, “O privado funda o público”. Abordarei isso depois...
Cotrim (2002) relata que “o homem primitivo possuía vários temperamentos semelhantes ao de animais, estes, caçavam em grupo para se alimentar, apresentavam uma postura pouco ereta, não utilizavam da racionalidade para pensar sobre suas ações e davam grande vazão aos seus instintos, inclusive, os agressivos e sexuais”. Um pouco depois, Freud constatou em seus estudos que viver em civilização exigiu grandes mudanças a toda humanidade, tendo que renunciar parte de seus dois instintos primitivos, o sexual e o agressivo.
Para a psicanálise o que vai diferenciar a espécie humana das demais é a linguagem, sendo ela, a via de acesso e a única forma de tratar esse mal estar decorrente dessa renúncia. Assim sendo, a linguagem é exatamente o que caracteriza a constituição humana. É importante destacar [mais uma vez] que para a espécie humana viver, se constituir e se construir como civilização, foi necessário abrir mão de parte de seus instintos agressivos e sexuais tão presentes desde seus primórdios. Em “O mal Estar na civilização” Freud (1930) fala de uma renúncia pulsional necessária para que os homens se constituam numa civilização.
“Quando não conseguimos nos fazer ouvir, ou melhor, quando nossas palavras não são reconhecidas, só duas coisas podem ocorrer: ou se cai em cena objetificado, mortificado, ou então, surge à violência, numa tentativa atroz de sobreviver ao massacre: “ou eu” ou “o outro”. Ou seja, a violência surge a partir do momento em que as palavras não têm mais eficácia”. (Mehri p.54).
Essa agressividade e sexualidade se encontram em todos nós, desde sua forma mais simples quando discutimos, brigamos, difamamos alguém, ou quando passamos para atos mais impactantes, como por exemplo, assassinar ou matar alguém.
O sistema capitalista dita às regras: “individualizem-se, consumam, comprem, ordenem-se, controlem-se, trabalhem como máquinas incessantemente e sintam-se felizes por isso, não chorem, não pare! Esqueçam que são humanos. Produzam; custe o que custar” Vendam sua força de trabalho. Sua saúde. Sua alma”. Ora, o que faz o mundo girar é o dinheiro. E a qualquer custo.
Deixo a discussão em aberto, e algumas questões breves: o que estamos fazendo (ou deixando de fazer) para contribuir com tal realidade? Há a necessidade de dar voz a crise, convidar esses sujeitos que cometem tais atos – seja em qual gravidade for, a se pronunciarem, pois através de tais atos fazem um apelo, pedem um olhar, gritam desesperados “me dêem voz, o direito de falar, se não, farei em ato”. Que políticas públicas são feitas (e reivindicadas por nós) para que tal realidade possa começar a sofrer mudanças que são desejadas? Entre outras mais, é importante ter-se a clareza que a agressividade esta para todos, seja em ato ou em palavras. E que somos participantes ativos de tal realidade na qual nos encontramos. Quando tiramos o direito de um sujeito de articular o seu saber, a sua palavra, estamos matando-o, abrindo novas possibilidades de possíveis situações que prejudiquem não só ele mas também os demais. E ai eu pergunto: “Será que eu vou ter que matar para viver?”. Será que já faço isso?
Eu tava aqui pensando....

▬ André Nascimento.