quarta-feira, 21 de março de 2012

MUDO AS AVESSAS.

I
“Olhe para mim, olhe! Olhe o que você foi, o que é e o que pode chegar a ser (se quiser). Anda, enfrente-me covarde!”

A imagem da tela de repente perdeu a cor, mudou de forma, causou estranhamento. É preciso utilizar outra tinta, nem que para isso seja necessário sangrar. Fazer a travessia. No caminho os piores monstros, sombras e pesadelos de um homem comum tornam e retornam. Saem de mente e posicionam-se em sua frente. Eles gritam: “Olhe para mim, olhe! Olhe o que você foi, o que é e o que pode chegar a ser (se quiser). Anda, enfrente-me covarde!” O som soa e ecoa, faz questão, faz furo, trás angústia, faz acordar e querer dormir. É um mundo as avessas.

II

MUNDO ÀS AVESSAS. Deveria ser comum sentir-se em um mundo as avessas, mas não é. Há momentos que por mais que se queira manter coisas no obscuro da mente, elas retornam – parecem que elas fazem questão disso. Músicas, fotos, memórias, lugares; momentos. O hoje parece um momento de ausência de um igual, de alguém que venha completar. A angústia e um vazio inexpressável em palavras dominam. Às vezes, parece haver uma forte ligação. Em outros momentos, parece que você assumiu um papel de algo que você nunca foi, nunca sentiu.  É estranho pensar naquelas promessas. Acreditar em “felizes para sempre”. Ser possível achar a outra metade como diz os contos infantis. As coisas parecem escuras, embaralhadas, perdidas. A imagem da tela de repente perdeu a cor, deve estar abandonada. É preciso utilizar outra tinta, nem que isso faça sangrar. Fazer a travessia não é fácil. No caminho os piores monstros, sombras e pesadelos de um homem comum tornam e retornam.  Será possível ultrapassar o abandono? E tem aqueles dias que você sente-se um peixe fora d’agua. E se eu choro hoje isso tem um motivo muito forte, mas forte que todos, mas forte que eu mesmo.
III
MUNDO ÀS AVESSAS. Deveria ser comum sentir-se em um mundo as avessas, mas não é. Há momentos que por mais que se queira manter coisas no obscuro da mente, elas retornam – parecem que elas fazem questão disso. É estranho pensar naquelas promessas. Acreditar em “felizes para sempre”. Ser possível achar a outra metade como diz os contos infantis.

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