quarta-feira, 21 de março de 2012

Marcas familiares?

“Eu nem sei como essa guerra começou, são dois lados que irritaram um ao outro a muito tempo, quem se importa em saber a história por trás disso? Eu sou filha do meu pai, e quando chamarem pra testemunhar, eu vou proteger os meus, haja o que houver...”. (do filme, Escritores da Liberdade).

Será possível pagar o preço de uma coisa que não se comprou? E se pensarmos nas gerações anteriores a atual? E se pensarmos no contexto, no nosso contexto, familiar. Quem se importa em saber sobre isso? Às vezes carregamos “marcas” que, talvez, não sejam nossas. Foram capturadas, ao nos serem atribuídas, num ato de desespero em prol de um amor que poderia estar em perigo. Essas marcas no corpo agem como significantes – tatuagens para ser mais simplista. Uma “marca familiar”. Ou um brasão, talvez. Uma boa marca que se preze, não pode ser apagada. É preciso fazer um novo enlace. Usar as ferramentas que se tem para conseguir fazer o novo, produzir um novo significado. Essas marcas podem ser editadas? Elas estão na palavra, na linguagem, elas existem antes de um bebê nascer em uma família. E os pais... Ah, esses pais fanfarrões! Eles criam um filho simbólico, projetado, antes mesmo de esse bebê ser gerado. E fazem essa transmissão de forma inconsciente. Afinal, é num só depois que se sabe o que foi transmitido. Será que ouve a internalização de alguma Lei? Ou será que esse filho sairá por ai achando que pode fazer e ser TUDO que quiser, sem limites?

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário