segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

percebeu que tudo e toda ansiedade, resumiam-se a uma simples palavra: “perda”.

Após chegar a casa, ele estava intrigado. Com certo grau de angústia muito elevado por não ter recebido a ligação tão esperada. Às 01h da manhã surpreende-se com a aparição inesperada da pessoa tão aguardada. Ficou entusiasmado – disse. A conversa então seguiu, e confortou um pouco o rapaz. Durante aquele encontro disse duas frases das quais pensou fortemente e percebeu que, a ansiedade falou mais alto. Em contrapartida, ouviu coisas que sentiu a necessidade de um esclarecimento maior. Pensou em desculpar-se, algumas dúvidas surgiram em sua mente, e, depois de muito refletir, percebeu que tudo e toda ansiedade, resumiam-se a uma simples palavra: “perda”. Medo de perder, de estragar tudo, de se adiantar e afastar qualquer oportunidade de algo acontecer. Enfim, um comportamento típico de quando se interessa afetivamente por outra pessoa.
Ano Novo. Vida nova, novas metas, forças, sonhos. Resiliência e perseverança eram as palavras. As demais eram agradecimentos. Parece bom – disse sorrindo.
Segundo dia do ano, e mais uma vez a ansiedade e angústia tomam conta. E a explicação, ou melhor, o motivo ele já sabia. Não podia ser outro. Combinou de voltar a se falar com a pessoa dos dias anteriores, e novamente questionamentos se fizeram presentes. Disse:
▬ “eu não sei se devo ligar, eu tenho receio de que de certa forma posso estar ansioso demais com isso. Em uma conversa, me disse que se sentia uma pessoa sufocada. Obviamente deve-se ao fato de fazer milhares de coisa ao mesmo tempo, de ter que se manter, de ter pouco tempo, de se sentir uma pessoa perdida no quesito ‘trabalho’ – mas será que é só no trabalho? Não, não sei se ligando hoje estarei fazendo a coisa certa. Meu coração diz que sim, mas minha razão também fala alto – e esta diz que não, não ligue, espere. Não devo ligar, eu liguei a ultima vez. Devo esperar então uma iniciativa da outra parte? Ligar amanhã? E se a oportunidade passar? Mandar uma mensagem pelo celular ‘como quem não quer nada? ’. De alguma forma sinto que com esse comportamento estou cobrando algo, ou, talvez, me cobrando algo. Tenho medo de fracassar”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário