sábado, 7 de janeiro de 2012

QUE VÉU É ESSE QUE COBRE A VISÃO E FAZ COM QUE SE CAIA MAIS UMA VEZ, NO MESMO ATO?

(...) “Estou com muita raiva, mas não sei necessariamente do que, aliás, até imagino o que possa ser... Nossa, eu estou com muita raiva, com vontade de bater em alguém... bater até sangrar, de matar alguém... com socos. Da vontade de gritar bem alto, mas não consigo... Acho que me decepcionei, mais uma vez” – disse. De primeira instância acreditava ser, especificamente, com outra pessoa. Posteriormente, depois de conversar e refletir sobre o assunto começou acreditar que tal decepção poderia ter sido consigo mesmo. “Sabe, fazendo uma equiparação breve, parece que eu vi a casca de banana, sabia que ela estava lá, não foi algo não visto ou não sabido, mas não evitei, fui lá e pisei! Eu quis ir lá e tentar. Mesmo sabendo que não seria diferente. Pois o aviso estava, de alguma forma, na minha consciência. Sabe? Eu percebi”. Referia-se com tal frase, obviamente, a uma percepção que, talvez, estaria por trás do que lhe era dito. Que percebeu, mas que ‘escolheu’ ignorar – seria mesmo escolheu a palavra? Bom, algo bem próximo disso. O enunciado dizia uma coisa, mas na enunciação via-se, sutilmente, outra cena. O ‘mais uma vez’, confirma, assim, uma repetição, que se fez presente novamente para o jovem rapaz. Após tal percepção, este, resolve anunciar que uma questão surge: “Porque eu sabia e não consegui resistir?”. Que véu é esse que cobre a visão e faz com que se caia mais uma vez, no mesmo ato? Visto que, perceber as entrelinhas não foi suficiente para fazer-lhe parar, da um fim, ou, “não pisar na tal casca de banana”. Bom, é isso.

Eu tava aqui pensando...

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